Quando se pensa no processo de circulatório do sangue pelo corpo, duas variáveis determinam a pressão sanguínea: a força que o coração faz ao bombear o sangue, e a resistência das artérias, ou seja, o espaço que o sangue tem para passar e chegar a todos os cantos do corpo. 

Em condições normais, a pressão pode se alterar por diversos motivos (mas sempre voltando ao normal). Inclusive, ela não é a mesma durante as horas do dia. Quando dormimos ou estamos relaxados, ela tende a ser menor do que quando nós realizamos, por exemplo, uma atividade física. O coração é alertado de que necessita bombear mais sangue para irrigar as extremidades do organismo, e com isso nossa frequência cardíaca aumenta. O estresse também pode gerar um aumento da pressão, uma resposta biológica ao estímulo externo. 

Porém, quando a pressão fica alta “o tempo todo”, nossos vasos sanguíneos precisam ficar “mais fortes” para aguentar essa pressão. Com isso, as paredes dos vasos se espessam deixando os vasos mais estreitos. Se esse processo se mantém, chegará um momento onde os vasos sanguíneos perdem sua capacidade de relaxar.

A pressão alta é indicada quando o índice da pressão sistólica está acima de 14 e a diastólica está acima de 9. Imagem: Canva

Com vasos mais estreitos, o coração precisará fazer mais força para fazer o sangue circular em nosso organismo ocasionando um aumento da massa do órgão, chamada de hipertrofia. Esse fluxo sanguíneo mais intenso acaba também danificando as artérias, o que pode ocasionar lesões e diversas complicações. 

A hipertensão é uma doença que pode ocorrer em todas as fases da vida, em todas as pessoas e idades, e possui consequências alarmantes. A Organização Mundial de Saúde relata que um em cada três adultos é vítima da doença. Além dos problemas cardíacos que são desencadeados pela pressão alta, existem outras complicações, tais como: